Cultura Árabe

A comunidade Árabe em Corumbá

Mais de 100 famílias árabes (palestinas, libanesas e sírias) vivem em Corumbá. A maioria é palestina. Eles vieram para Corumbá por dois motivos principais: econômico (busca de uma vida melhor) e político (principalmente os palestinos, refugiados e expulsos durantes os conflitos com os israelenses.

A escolha por Corumbá deve-se à sua situação geográfica, cercada pelo Pantanal, e pelo número de turistas que a visitam, beneficiando o setor comercial, já que os árabes, na sua maioria, trabalham no comércio.

Os árabes, de um modo geral, moram no centro da cidade, e se preocupam em preservar suas tradições, seus costumes e a cultura. Isso fez com que eles reativassem a liga Árabe-Brasileira de Corumbá, onde se encontram no final de semana, conversam sobre o que acontece no Oriente Médio e no Brasil.

Os Árabes conseguiram também resgatar sua cultura, sendo assim, eles formaram um grupo folclórico Árabe Palestino que vem se destacando no Estado, através de suas apresentações de danças.

A cultura dos árabes-corumbaenses, não fica por isso só, mas sim, tem seus filhos formados em medicina, engenharia civil e elétrica, economia e até nas forças Aéreas Brasileiras.

A maioria dos Árabes em Corumbá são da religião Muçulmana, baseadas em cinco pilares: A fé, oração, zakat, o jejum e a peregrinação. Todo ano, durante o mês de Ramadan, todos os Muçulmanos jejuam, desde a alvorada até o pôr-do-sol abstendo-se da comida, da bebida e das relações sexuais. Aquele que estiver doente, for idoso, ou em viagem, e a mulher grávida ou amamentando é lhes permitem quebrarem o jejum e jejuarem o mesmo números de dias em outra época do ano. Se houver incapacidade física para fazê-lo, devem alimentar uma pessoa necessitada para cada dia não jejuada. As crianças começam a jejuar (e praticar as orações) a partir da puberdade, apesar de muitos começarem mais cedo. Além de jejum ser muito beneficente para a saúde, é considerado um método de purificação pessoal. Ao privar-se dos confortos mudamos, mesmo por um período curto, o jejuador adquire verdadeira simpatia por aqueles que sofrem fome ao mesmo tempo desenvolve a sua vida espiritual.

Quando terminam o jejum (de 30 dias) os árabes muçulmanos em Corumbá, fazem uma festa por 3 dias, como é o costume de todos os muçulmanos.