>>Viola de Cocho


A Viola de Cocho, por mais de dois séculos teve um papel importantíssimo no cotidiano das pessoas, tanto como entretenimento, como objeto de louvação. Hoje, a Viola de Cocho reduziu-se a uma parcela muito pequena de senhores que mantém a arte viva.
Para fabricar o instrumento existem crenças e supertições que transformam esse artesanato em um ritual.
O primeiro passo é a escolha da madeira, que pode ser de várias espécies: Chimbuva ou Timbauba, Mandacaru, ou até mesmo Mangueira. O segundo passo, é que só se pode cortar a árvore em período de lua minguante, porque segundo Sr. Agripino Soares de Magalhães se não for cortado nesse nesse período dá broca em toda a madeira da viola.
Logo depois que é separado um tronco de mais ou menos quatro palmos de comprimento e dois palmos de diâmetro, o cururueiro já trata aquele pedaço de madeira como viola. Faltando, então o processo de escultura e aperfeiçoamento. A afinação da viola de cocho varia muito de acordo com o violeiro.

 

Cururueiro

O cururueiro ou cururu é uma brincadeira com ritmo que engloba trova, música desafios, louvação, dança e diversão.
Somente os homens podem ser cururueiros, mas existem relatos que uma senhora travestida de homem seguia seu marido nas festas de São João e do Divino.
Os instrumentos usados para o cururu são a Viola de Cocho, o ganzá e o reco- reco.
O siriri é um ritmo que pode ser dançado por homens e mulheres, que formam pares e dançam em roda de fileira fazendo evoluções que lembram a quadrilha.
Para manter as tradições e magia da Viola de Cocho, entidades ligadas a cultura pretendem incluí-la no registro do IPHAN como patrimônio material.